Craveiro de Infância
Cravo, lembro-me da infância, em que subia no pé de cravo
Para muitos era uma forma de trabalho, mas a gente enquanto criança
No subir e descer dos andaimes, ali era nosso mundo desbravado.
Cravo, ah se tu soubesse como era bom se aventurar em ti,
Quando batia um vento, a emoção nos tomava por dentro
E nos segurávamos com força para se manter por ali.
Cravo, de lá do alto nos reuníamos para colher você
Entre galhas e folhas, entre várias puxadas, eram as mais variadas conversas
Era momentos únicos, onde passávamos horas sem entender que a vida tem muitos por quê.
Cravo, e o que mudou?
As subidas desapareceram
Deram lugar ao motor que você nunca sequer imaginou.
Cravo, não vá embora tem alguns homens da ciência que procuram a resposta
Para lhe manter de pé, manter as lembranças da minha infância.
E guardar os bons momentos de quando era uma inocente criança.