Craveiro de Infância

Cravo, lembro-me da infância, em que subia no pé de cravo

Para muitos era uma forma de trabalho, mas a gente enquanto criança

No subir e descer dos andaimes, ali era nosso mundo desbravado.

Cravo, ah se tu soubesse como era bom se aventurar em ti,

Quando batia um vento, a emoção nos tomava por dentro

E nos segurávamos com força para se manter por ali.

Cravo, de lá do alto nos reuníamos para colher você

Entre galhas e folhas, entre várias puxadas, eram as mais variadas conversas

Era momentos únicos, onde passávamos horas sem entender que a vida tem muitos por quê.

Cravo, e o que mudou?

As subidas desapareceram

Deram lugar ao motor que você nunca sequer imaginou.

Cravo, não vá embora tem alguns homens da ciência que procuram a resposta

Para lhe manter de pé, manter as lembranças da minha infância.

E guardar os bons momentos de quando era uma inocente criança.

Lilian Santos Orobó
Enviado por Lilian Santos Orobó em 31/12/2024
Código do texto: T8231046
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