taquei o pau

Taquei o pau no bicho que me mordeu

Eita! troço venenoso

mais venenoso sou eu

O meu veneno tá no tempo tá no clima

Tá embaixo tá encima

Do bicho que me mordeu,

O cão cotó veio abanando o rabo

Comi coentro com quiabo

Mas eu não estava só

Tinha a noite tinha o dia tinha o vento

E o bicho papa-vento

Papudo de fazer dó

Passei a noite na espera da tocaia

Deu ruim não cassei nada

Até ver o sol raiar

Pois quem sou eu nesse solo brasileiro

Nordestino verdadeiro

Que nunca vai fracassar

O meu veneno me ensina a não calar

Mesmo na boca do lobo é preciso arriscar

Quem pode pode quem não pode ser sacode

Faz a barba faz bigode

Pra poder continuar

Taquei o pau no bicho que me mordeu

Eita! troço venenoso

Mas venenoso sou eu

Poeta pica pau

Se não perguntar não aprende nada

POETA PICAPAU
Enviado por POETA PICAPAU em 31/08/2024
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