taquei o pau
Taquei o pau no bicho que me mordeu
Eita! troço venenoso
mais venenoso sou eu
O meu veneno tá no tempo tá no clima
Tá embaixo tá encima
Do bicho que me mordeu,
O cão cotó veio abanando o rabo
Comi coentro com quiabo
Mas eu não estava só
Tinha a noite tinha o dia tinha o vento
E o bicho papa-vento
Papudo de fazer dó
Passei a noite na espera da tocaia
Deu ruim não cassei nada
Até ver o sol raiar
Pois quem sou eu nesse solo brasileiro
Nordestino verdadeiro
Que nunca vai fracassar
O meu veneno me ensina a não calar
Mesmo na boca do lobo é preciso arriscar
Quem pode pode quem não pode ser sacode
Faz a barba faz bigode
Pra poder continuar
Taquei o pau no bicho que me mordeu
Eita! troço venenoso
Mas venenoso sou eu
Poeta pica pau
Se não perguntar não aprende nada