Poema à Beira-Mar
Gosto de imaginar-te como uma poetisa,
E cada um dos teus são poemas por ti escritos.
Cada rosto uma rima, cada vida um verso,
Cada sorriso uma trinca, cada lágrima um pingo terso.
Cada rua, cada lugar, um soneto despretensioso,
Cada onda nesse mar, um coreto melodioso,
Cada manhã ensolarada, um conto saudoso,
Cada noite de lua, um cordel cuidadoso.
Ah, em teus bairros tu escreves, em linhas adversas,
As mais belas poesias, as melodias mais diversas.
Sou tão feliz por ser da tua obra uma rima,
Que mesmo imaginar-te dessa maneira me anima.
Te imagino com a cara do teu povo,
Que não tem medo das incertezas, do novo.
Fico triste ao pensar que tua obra nunca estará completa,
Mas isso logo passa, pois de versos como eu esta está repleta!