O JEITO DO BRASIL
Ouvi dizer, ouvi falar.
O folclore brasileiro vou contar.
Olhando aqui e acolá,
costumes e arte vou apresentar.
A variada cultura do Brasil
tem graça, encantos mil.
Traz exuberância, riqueza e mistura.
O encontro de raças é beleza pura.
Literatura, provérbio, adivinhação,
dança, música, manifestação,
comida, artesanato, superstição,
brincadeira, festa e canção
O folclore – saber do povo – é termo inglês.
Foi criado em mil oitocentos e quarenta e seis.
Usado em uma carta, na qual folk e lore foram unidos.
E, hoje em dia, esses vocábulos são ditos e repetidos.
Frevo, caboclinho e maracatu,
congada, quadrilha, xaxado, ciranda,
catira, xote, maxixe, baião, samba,
batuque, jongo ou caxambu
Carnaval, reisado, bacamarteiros,
fandango, mamulengo, cavalhada,
pastoril, festa junina, vaquejada,
bumba meu boi e violeiros
Arroz-doce, rapadura, cocada,
acarajé, paçoca, vatapá,
pamonha, cuscuz, feijoada,
rubacão, beiju e munguzá
Pipa, pião, bola de gude,
estilingue, pega-pega, esconde-esconde,
passa anel, batata quente, cabo de guerra,
amarelinha, pular corda, cabra-cega
Cordel, xilogravura, tecelão,
boneco de barro, cuia, gibão,
cesta de palha, rendeira, fuxico,
boneca de pano, rede, bilro
Berimbau, cuíca, rabeca,
viola, pandeiro, reco-reco,
zabumba, atabaque, agogô,
caxixi, flauta, tambor
São exemplos de canções Prenda minha,
Sapo cururu, Da abóbora faz melão;
e de cantigas de roda Capelinha de melão,
Escravos de Jó, Ciranda cirandinha.
Temos as lendas o Lobisomem, o Uirapuru, a Iara,
a Mula sem cabeça, o Boto cor-de-rosa, o Capelobo,
o Saci Pererê, a Vitória-régia, o Bumba meu boi,
o Negrinho do pastoreio, o Curupira.
O povo crê que derramar açúcar traz sorte;
Ferradura atrás da porta afasta mau-olhado;
Provoca a morte da mãe chinelo ou sapato virado;
e comer uva ou romã traz pro Ano Novo sorte.
São ditos populares: A voz do povo é a voz de Deus;
A ocasião faz o ladrão;
Quem vê cara, não vê coração;
Quem dá aos pobres, empresta a Deus.
O que é, o que é? Anda deitado e dorme em pé?
Quanto maior menos se vê?
Que não se come, mas é bom para se comer?
De dia tem quatro pés e de noite tem seis?
Temos também simpatias para ter durante o ano dinheiro,
para falar logo, para crescer, para desengasgar,
para ser feliz, para Santo Antônio, para casar,
contra mau-olhado, soluço, para nunca faltar dinheiro.
Veio do índio, do branco e do negro.
E hoje é de todos nós, brasileiros.
Se você não entendeu ou não gostou,
saiba que o folclore do Brasil é muito rico, sim, sinhô!
Somos todos dele, criadores:
sejamos estudantes ou doutores.
O povo é importante, sabe o que diz.
Sabedoria do povo é que faz a vida feliz.
Uma homenagem ao folclore brasileiro
Revisora textual, Consultora literária, Membro da Academia Virtual de Poetas da Língua Portuguesa (AVPLP) - Acadêmica Titular do Brasil e de Portugal; Membro efetivo da U.A.V.I (União de Autores Virtuais Independentes); Acadêmica Imortal da Academia Mundial de Cultura e Literatura (AMCL), Imortal Fundadora da Confraria Internacional de Literatura e Artes (CILA) e Acadêmica da Academia Biblioteca Mundial de Letras y Poesía (ABMLP)
In "Seguindo meu coração", Helvetia Éditions
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