Rio Origó

Oh, Sudestino, Arigó,

Ou caipira nordestino,

Teu título é um elogio,

Mas não vês o sofrimento.

O nordestino labuta incessante,

Dez meses entre o calor da estufa,

Para então retornar à sua roça,

Que tu, com desdém, consideras preguiçosa.

Tua riqueza brota da terra

Do nordestino esperançoso,

Agora, um pedaço de litoral,

Que ostentas com orgulho e vaidade.

Hoje, o nordestino vive uma ilusão,

Troca o suor da roça por promessas vazias,

Vende sua terra, sua raiz,

Em busca de um futuro nebuloso e incerto.

Samuel de Amaral Macedo
Enviado por Samuel de Amaral Macedo em 31/07/2024
Código do texto: T8118738
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