ESPELHO DO RIO
Vi minha face resplandecer
No espelho do manso rio
Iluminada pela luz do sol
Que antes era sombrio
Diante das verdes margens
Imutáveis e sem vento
Vou ao encontro do tempo
Remando meu pensamento
Ouço o cantar dos pássaros
Que na misteriosa floresta, ecoa
Deslizo nas água mansas
No balanço da aguçada proa
As copas das árvores
São altas e mirantes
Umas de raizes submersas
Outras de frutos abundantes
Esse belo rio cristalino
Acolhe o sol tão ardente
Então, viajo no seu silêncio
Seguindo o curso de sua corrente