Sertanejo

Sertanejo

Cardoso I.

Faz escuro,

Estar frio,

Meu amor ainda vem,

Cavalgando pelo campo

Na escuridão além.

Nessas terras em que vivemos,

Quase nunca estamos só

Como cavalos selvagens

Correndo por vossas vontades;

Assim levamos a vida no campo,

Cavalgando de canto a canto,

No sinal do boaideiro

A tocar o seu berrante

Por um prolongado instante.

Enquanto a escuridão da noite cai,

Iluminando com lamparinas

Como brasas ardentes,

Ou com a luz da fogueira,

Próximo ao campo ou de uma ribanceira.

A saga do homem do campo se faz,

Contando histórias na roda ,

Ou moda de viola,

Um samba,

Um pouco de tudo

Até de cartola;

E assim passam os dias do sertanejo,

Como uma estrela cadente

Iluminado a escuridão da noite,

Como animal selvagem incontrolável,

Saudoso, nostálgico e amável;

No próximo dia repete-se a siná,

E assim voam as horas,

Alegres e sorridentes,

Alegrando tanta gente,

Como joviais estrelas cadentes;

Faz escuro,

Finalmente meu amor chegou,

Veio de terras distantes

Deu sinal de longe

Tocando seu berrante.

Ivonoel cardoso
Enviado por Ivonoel cardoso em 09/07/2024
Código do texto: T8103134
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