Hotel Catete: Epopeia Sertaneja

No sertão, em tempos de outrora,

Ergueu-se o Catete, em terras distantes,

Palácio de sonhos, onde a história aflora.

Guardião de memórias, em noites brilhantes.

Getúlio chegou, na primavera encantada,

Com seu povo fiel, em jornada abençoada.

Viu o sertão, em suas cores e tons,

Ouviu seus clamores, suas preces e sons.

São Gonçalo, terra de rica cultura,

Testemunhou momentos de pranto e ternura.

Hotel Catete, em seu seio erguido,

Tornou-se símbolo de um tempo vivido.

No Catete, erige-se a esperança,

Onde o passado e o futuro fazem dança.

Salão majestoso, eco de melodia,

Resplandecia a glória, em noite vadia.

Vestidos longos, homens a rigor,

Ao som de boleros, dançavam com ardor.

Orquestras em cena, noites de esplendor,

O Catete vibrava, em mágico fervor.

Aracati soprava, trazendo o frescor,

Enquanto Getúlio, com seu chimarrão e calor,

Despachava com força, no salão central,

Transformando o Catete em palácio real.

A barragem imensa, uma visão de poder,

Mostrava ao Presidente o que o sertão pode ser.

Cassacos em luta, braços a erguer,

O sertão mostrava que sabe vencer.

O tempo passou, mas a memória ficou,

No Catete, a história jamais se apagou.

Ecoam na noite, lembranças em vão,

De um líder amado, que marcou a nação.

E assim, o Catete, em sua grandiosidade,

Um símbolo eterno, em Sousa a brilhar,

Guarda as reminiscências, a dor e a saudade.

Onde o passado e o presente vêm se encontrar.

Destarte, a grandeza da história persiste,

Nas lembranças que o tempo não leva,

Um monumento ao sertão que resiste,

Na dança eterna entre sonho e entrega.

E hoje, ao contemplar o velho Catete,

Sentimos a alma do sertão vibrar,

Em cada pedra, em cada parede,

O legado de um povo a perseverar.

Josemar Alves
Enviado por Josemar Alves em 08/07/2024
Reeditado em 28/07/2024
Código do texto: T8102425
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