No Colo de Minas

E lá vem o Trem

Trazendo alguém.

Tem fogão de lenha

E que a fome venha.

Tem franguin caipira

Da Dona Elvira.

O saboroso tutu

E o prato na janela namorando o angu.

A Carne de sol chamou o Pequi

Dizendo que o arroz estava ali.

Uma história no sertão

Coisas daquele João.

Abra a porta para a Folia

Ela traz a bandeira do filho de Maria.

Já ouço os tambores do belo Congado

O Negro e o batuque no Rosário encantado.

A Canastra parindo o Velho Chico

Águas sagradas ao mar infinito.

A cachaça e o licor aguçam o apetite

E embriaga feita Afrodite.

Uai, sô! Isso é bão dimais!

Só pode sê Minas Gerais.

Bão. Vô dexá pras donzela meu desejo:

Um bêjo e um quêjo!

Inté! Adispois nóis pruseia mais.

Quem te cunhece num isquece jamais

Ó Minas Gerais... ô Trem bão... bão dimais...

Mestre Tinga das Gerais
Enviado por Mestre Tinga das Gerais em 14/06/2024
Código do texto: T8085626
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