No Colo de Minas
E lá vem o Trem
Trazendo alguém.
Tem fogão de lenha
E que a fome venha.
Tem franguin caipira
Da Dona Elvira.
O saboroso tutu
E o prato na janela namorando o angu.
A Carne de sol chamou o Pequi
Dizendo que o arroz estava ali.
Uma história no sertão
Coisas daquele João.
Abra a porta para a Folia
Ela traz a bandeira do filho de Maria.
Já ouço os tambores do belo Congado
O Negro e o batuque no Rosário encantado.
A Canastra parindo o Velho Chico
Águas sagradas ao mar infinito.
A cachaça e o licor aguçam o apetite
E embriaga feita Afrodite.
Uai, sô! Isso é bão dimais!
Só pode sê Minas Gerais.
Bão. Vô dexá pras donzela meu desejo:
Um bêjo e um quêjo!
Inté! Adispois nóis pruseia mais.
Quem te cunhece num isquece jamais
Ó Minas Gerais... ô Trem bão... bão dimais...