ALÔ ALÔ TEIXEIRINHA
Alô alô Teixeirinha você deixou saudade
quando dedilhava o seu violão
a Mery com sua cordeona
música cheiro de terra e simplicidade
carregada e pura emoção
da história agente não te abandona.
Eras o maior do mundo
teu reino era absoluto
vendia discos de sul a norte
como o imortal Gaúcho de Passo FDundo
e o inesquecível Coração de Luto
Soledade Terra de Gaúcho Forte.
lembro quando tiravas verso da idéia
eras um artista de fé
animavas o velho e o novo
ovacionado pela plateia
ainda mais quando cantavas o Gaúcho de Bagé
ou entoando Tropeiro Velho pra o Povo.
Teixeirinha porque morres-tes tão cedo
o povo gaúcho de ti tem saudades
quando cantavas Gauchinha Pelotense
ainda escaramuça o teu Tordilho Negro
tuas canções entrelaçavam comunidades
teu talento embalava o povo riograndense.
Lembro ainda quando eu era guri
te ouvia no rádio cheio de emoção
teu repertório era uma rara joia
quando fizes-te a Cobra Sucuri
cantavas pro seu amor Não e Não
e a brincadeira da cobra jiboia.
Cinzeiro amigo me abria o apetite
quando te ouvia na hora do jantar
Teixeirinha te ouço desde criança
quando cantavas motorista sem limite
versos rimados muito fácil de dançar
hoje só resta a saudade e a lembrança.
Vainer de àvila