lírica Ascensiana

Mestre Carlos, Mestre Carlos, um passarinho verde me contou

Qui o sinhô na força da lua cheia vai despachar um catimbó?

Oxente Ome ! pois num é

Mestre Carlos, mestre Carlos, vá mas num vá só, leva Nana Nanana

E a matuta sarará, pode deixar, pode deixar

Oh! Mestre Carlos se eu pudesse também ia

É despacho de amor?

Não, não, não sinhô

É pra Oropa, França e Bahia, é qui tem uma flor fenecida

Qui no turno noturno nós ressuscita,

E com a história pátria que vivi na minha escola negramente

Caboclamente, portuguesamente, nós ia pra roça e na magia

Do toré a safra era boa

E lá nós sirria, sirria, das bordaduras da saia das morenas dos cabelos

Cacheados

Bate a inxada ome limpa o mato

É q”eu tô na filosofia inteligente, sõ pernas pru ar, já sei, qué vadiar

Oxente! Tem coisa mió tem?, sei não

Vamos pra sucessão de São Pedro, já tá pra chegar, tõ sabendo, ´tõ sabendo

Vai ter pega de boi, maracatu, xenheeem, e cavalhada

A festa é grande a farra é boa, bora cambada taca perfume qui a farra é boa

A final nossa predestinação é forrozar, deus te ouça

Oxente ome visse assombração seu sacana?

Vi Ascenso num partido de cana caiana correndo atrás do trem de alagoas

Vixe Maria ,meu deus! Nós num tamo só

Tem um trem carregado de poemas, saudades e lembranças

De Ascenso Ferreira, o poeta maior.

Adeus eu voltarei

Poeta pica pau

POETA PICAPAU
Enviado por POETA PICAPAU em 12/04/2024
Reeditado em 21/04/2024
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