Pombo, o cãozinho da bolinha.

No meu tempo inesquecivel de curumim

Tinha muitas gostosas brincadeiras

Andar de perna de pau, tomar banho no rio, brincar de pira, de uma riqueza sem fim

Jogar bola, pião, bolinha, balar de baladeira.

As brincadeiras aconteciam em frente das casas no terreiro

De rondamates, turistes, pião

Também no terreiro embaixo dos benjaminzeiros

Era na época a mais bela da diversão.

No meu tempo, havia garoto que era o maximo

O melhor na baladeira, na bola e no pião

Também tinha o melhor no nado

E na bolinha tinha o cão- cão.

Um garoto amigo e brincalhão

Filho amado da Dona Laudegária

Moravam ali na Rua Coronel Libório, o nosso irmão

Sendo sua mãe uma figura lendária.

Ninguém ganhava dele no jogo de bolinha

Era o craque no jogo do turiste

Sua mão estava sempre cheiinha

Ganhava de seus coleguinhas, que os deixava triste.

Muito mais como Pombo é conhecido

Todos os dias no Tabuleiro da Baiana, vende o seu salgadinho

Mas, que quando garoto tinha outro apelido

Por ser o campeão na bolinha, era chamado de cãozinho.

Em tempo: em homenagem do Observatório Urucará, ao nosso amigo Cleonir, por que não dizer Cãozinho ou mesmo Pombo, como é conhecido agora. Nosso amigo e irmão, uma pessoa mais conhecida do que farinha em saco em Urucará.

Mao, 26/01/2024

José Gomes Paes

Poeta e escritor urucaraense.

Membro da ABEPPA, ALCAMA e ASSEAM.

Obs: na época diziam que o jogo era da parte do demônio, por isso o apelido, mas na verdade, ele era o melhor no jogo de bolinha.