BANDA MUSICAL SANTA CECÍLIA
Lembro-me bem de Teté
e Joãozinho Tameirão.
Homens de muita fé
e bemóis no coração!
Jaime de Maria Clara,
o mágico do Tarol,
tinha uma baqueta rara,
era na Banda um farol!
O Tozinho dó, ré, mi,
viveu só para tocar,
e fazer fá, sol, lá, si,
para a vida festejar.
Foi Maestro rigoroso,
ensinou pra muita gente.
De coração amoroso,
via um mundo diferente!
Via a vida pelas notas,
pelas pautas musicais.
Também cheio de anedotas
em suas falas sociais.
Era regente e tocava
ou Bombardino ou Pistão.
Lindamente executava
os solos na procissão!
Teté lhe deu a batuta
para a Banda bem reger.
E ele, com muita luta,
fez por onde merecer!
Cecílio de Marciano
vai logo empunhando o Baixo
e , com seu som soberano,
fica perfeito no encaixo.
Pega o Pistão João Leôncio,
depois Neném de Zarinha.
Cada vez fica mais cônscio
o som da nova bandinha!
Banga se apossa dos Pratos,
Zé Marciano, do Bombo.
Os dois são belos retratos
da Banda e nosso Quilombo
O bom Tunico de Joana
recebe o Tarol, contente,
e, com alma nobre e humana,
rufa o tambor levemente!
Olha um Marciano ali:
Nego do Saxofone.
Outro Marciano aqui:
O Jorge com seu Trombone!
Clarinete, Sica Maia
com o seu irmão Manoel.
Dominavam essa praia,
fizeram bem o papel!
Mais tarde vem Né de Dina,
um componente do bem.
O jovem Dãozim de Vina
fazia parte também!
Essa foi a velha guarda
da Banda Santa Cecília
que estiveram na vanguarda
como uma grande família!
Eu apelo à juventude,
não deixe a Banda morrer.
A nossa maior virtude
é lutar para vencer!
Vamos salvar nossa história,
e retroceder jamais.
Vamos honrar a memória
de nossos bons ancestrais!
JUCA VIEIRA
IMPERATRIZ MA
11/03/2024