MEU RANCHINHO, MINHA VIDA

Era bem grande a pobreza,

mas o amor era maior.

Ali não tinha tristeza,

tudo brilhava ao redor!

E meu pai sempre treinando

no seu belo bombardino,

suas notas educando

meus ouvidos de menino!

Minha mãe, quanta bondade,

quanto amor no coração.

Hoje morro de saudade

da gostosa refeição

feita no fogão de barro,

por suas mãos calejadas.

Quando essas coisas eu narro,

minha alma sente as flechadas

da dor que machuca o peito

deste pequenino bardo,

que vivia satisfeito

às margens do Rio Pardo.

Quando meus pais eram vivos,

no ranchinho se amavam,

os canarinhos altivos

suas manhãs alegravam.

Oh, meu Deus, como era doce

a vida daquele tempo.

Por mais que de luta fosse,

tinha meus pais como exemplo!

Hoje caminho à procura,

mirando a felicidade.

Não há maior desventura

do que viver na saudade!

JUCA VIEIRA

IMPERATRIZ MA

01/03/2024

Juca Vieira
Enviado por Juca Vieira em 01/03/2024
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