O TREM AZUL...
Um transitar no Quintal de Deus
gigantescos tuiuiús, águias pantaneiras
caboclos, bolivianos, visões lisonjeiras...
Lindas mães... lindas crianças, encanto no ar
mães atenciosas, dedicadas a amamentar...
Garçons equilibristas no balançar do vagão
O aviso da próxima estação, bilhetes a picar
Quanta emoção, uma aventura no viajar...
Assim era o Trem Azul do Pantanal
O violeiro cantava as belezas dos lugares
Pássaros acompanhavam a centopéia azulada
A senhora de terra distante, estava encantada...
Foram duas de muita alegria, muita emoção
Um Trem da vida, que inspirou poesias e canção...
Até chegar a funesta data da privatização...
Não tem mais trem, nem estação 🚉
Os caboclos e sonhos foram ao esquecimento
Mas recordo nesse poema, parte de um sentimento...
Pensamento sempre guardado no universo do coração
para o restante de minha existência...sem heresia
O trem virou mais uma poesia...
Manoel Vitório