Don Cassio

Don Cassio acende as velas, para um cabo engarupado

que tange a temperatura de um Cutillo refinado

a forja acende o lume entre a força e o aço bruto

para o fio do pirilampo numa faca do futuro

entre o cabo e o punhal o Damasco é soberano

de atorar pensamento e cortar Minuano

o fio que corta o mal e a chaira alinha o pensamento

a forja tempera a vida na marretada do tempo

na bigorna sob o céu o martelo do coração

transforma a vida em guajuvira, em Cabo empunhando a mão

em troca da pataca um cutillo de verdade

que sangra o ferido mas não corta a amizade

não se troca, não se empresta não se dá de regalo

É no saber e precisão o momento de empunhá-lo

Don Cassio apagou as velas num cabo de guajuvira

um artista do cutillo e isso ninguém lê tira

Mateus Fernandes DE SOUZA
Enviado por Mateus Fernandes DE SOUZA em 23/12/2023
Reeditado em 26/12/2023
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