Don Cassio
Don Cassio acende as velas, para um cabo engarupado
que tange a temperatura de um Cutillo refinado
a forja acende o lume entre a força e o aço bruto
para o fio do pirilampo numa faca do futuro
entre o cabo e o punhal o Damasco é soberano
de atorar pensamento e cortar Minuano
o fio que corta o mal e a chaira alinha o pensamento
a forja tempera a vida na marretada do tempo
na bigorna sob o céu o martelo do coração
transforma a vida em guajuvira, em Cabo empunhando a mão
em troca da pataca um cutillo de verdade
que sangra o ferido mas não corta a amizade
não se troca, não se empresta não se dá de regalo
É no saber e precisão o momento de empunhá-lo
Don Cassio apagou as velas num cabo de guajuvira
um artista do cutillo e isso ninguém lê tira