Mineiridade
No terreiro das montanhas,
Onde a brisa é mais mansa,
Nasce a alma mineira,
A mineiridade que encanta.
No coração das Gerais,
Entre o pão de queijo e o café,
Reside a singeleza,
Do povo acolhedor e de fé.
Mineiridade é um jeito,
De caminhar devagar,
Com a fala mansa e tranquila,
Sem pressa de chegar.
É a prosa gostosa no quintal,
Com a rede balançando devagar,
Enquanto a aguardente é servida,
Entre amigos a conversar.
Na simplicidade da vida,
Na sabedoria do sertão,
A mineiridade se revela,
Em cada olhar e gesto de emoção.
É a roça de milho ao pôr do sol,
A festa de São João com quentão,
É a viola que toca na varanda,
E o arrasta-pé na poeira do salão.
Mineiridade é também a comida,
Feijão tropeiro, tutu de feijão,
Com seus sabores e temperos,
Sabores com muita emoção.
Mas além do café com pão,
E do trem que apita na estação,
Mineiridade é respeito e generosidade,
Uma marca registrada do coração.
Em cada canto de Minas,
Há um pedaço da mineiridade,
No calçamento de pedra,
Que se espalha pela cidade.
Então, celebremos a mineiridade,
Com seu jeito simples e profundo,
Orgulho de ser mineiro,
Com afeto, paz no mundo.
>>> Poema de meu livro "Terras de Minas"