O Peregrino
No sertão nordestino, a caminhar,
Um peregrino solitário a viajar,
Com chapéu de couro e alpargatas nos pés,
Na estrada empoeirada, ele segue de uma vez.
Sua jornada é longa, seu destino incerto,
Nas veredas do sertão, ele segue sempre certo,
Carrega na sacola sonhos e esperanças,
E na alma, a fé que o guia nas bonanças.
No calor do meio-dia e no frio da noite,
O peregrino segue, nada o faz desistir,
Ele busca respostas, mistérios a desvendar,
Em cada passo dado, um novo mundo a conquistar.
Nas vilas e nas casas à beira do caminho,
As histórias que ouve são um valioso carinho,
Cada conversa, um ensinamento a absorver,
Na estrada da vida, ele nunca para de aprender.
As estrelas no céu são suas companheiras,
Guiando-o na escuridão das noites inteiras,
O peregrino avança com coragem e devoção,
Em busca do que seu coração guarda em oração.
Assim segue o peregrino, na estrada a vagar,
Um viajante da vida, a se aventurar,
Com fé, determinação e esperança no olhar,
O peregrino jamais deixará de caminhar.
Nas trilhas da existência, ele é exemplo e guia,
O peregrino, na sua jornada, nos ensina,
Que na busca do sentido, do amor e do perdão,
A vida se revela como uma eterna peregrinação.
Com sua alma livre, seu espírito a voar,
O peregrino continua a caminhar,
Na senda da vida, sempre a prosseguir,
Pois a jornada do peregrino nunca há de cessar.
Este é o cordel do peregrino destemido,
Que na estrada da vida, segue sempre atrevido,
Com fé no coração, ele segue a trilhar,
A eterna jornada, sem nunca parar.