O lavrador
Lá vai ele para o campo
Com a sua enxada afiada
Não esquece um só recanto
Não se lamenta de nada
Sob o sol do meio dia
Sem trégua e sem cansaço
A sua boca assobia
A camisa gruda no espinhaço
Ele tira o chapéu
Começa a falar com Deus
Olhando para o céu
Pai, ajuda os filhos teus
Mande a chuva para o povo
Para colhermos o alimento
Faz a semente brotar de novo
Traga para a terra o teu alento
Tem piedade do homem
Não deixa ele perecer
Mata do povo a fome
Dê a ele o que comer
Assim, ele segue esperando
Com alegria e fé
E Deus vai abençoando
Antonio, Manoel e José
Logo Deus manda a chuva
Esverdeando todo o campo
Toda a lavoura se salva
O povo se enche de encanto
Esperando a colheita
Daquilo que está plantado
Agradece a Deus e se deleita
Se sente abençoado
Pois, plantou na terra o grão
Plantou com fé e esperança
Acreditar em Deus não é em vão
Quem acredita, sempre alcança