As Cordas (tentos) Que Trancei!
Que saudade que eu tenho,
da estância do meu avô!
Ali me criei e até hoje me entretenho
Lembrando do que eu sou!
Não é isso que eu tenho!
Minhas cordas não sabem como estou!
Raspando couro, com cotó de faca,
Era meu jeito de entreter a vida,
por isso na noite que vaga,
ela, minha alma. estava escondida!
Trançando tentos de casca de vaca,
Tirando no tento, a saudade ora consumida!
Não são meus os teus amores,
talvez aqui esteja o meu coração!
De vida e muitos temores,
afinal, daquela época tenho minha mão,
que tece os jeitos e tremores,
A cada lasca é um pedaço de coração!
E assim se fazia um laço,
de doze braças, para mais.
Era meu jeito de ser no tironaço,
buscando o que é meu, no más!
Faz um laço do teu braço,
Dos tentos “no olvidaré jamás”!