COM CARINHO!
(à minha Nazarezinho “pobre”
e a tudo o que exala de “podre”)
Nazarezinho é como a flor de cacto
Que nasceu, ali, fora do estrume;
Que não exala nenhum perfume,
Apenas deixa dúvidas e impacto!
Nazarezinho é como a flor no asfalto
Que nasceu, sim, por via do destino;
Que não encanta nem um menino,
Causa apenas pânico e sobressalto!
Flor sem haste, flor sem cheiro...
Quem, em seu contraste derradeiro
Ninguém ousa, quem a despetalais!?
Não és rosa, és uma flor utópica,
Uma flor sem graça, flor atípica:
Nasceste no húmus dos quintais!