feitiço moreno
Minha tapera é chão batido sem reboco
Sou um caboclo nordestino sim senhor
O coração um tanto descompassado
Feito relógio atrasado que o tempo desconsertou
Lá na curva da estrada onde o vento faz a volta
Bateu revolta vi o meu amor sumir
Acenou tchau soprou um beijo foi embora
E dessa hora nunca mais voltou aqui
Melancolia de saudade e esperança
A lua é mansa não para de alumiar
Não há quem faça proeza mais que bonita
Morena laço de fita desejo de enfeitiçar
A correnteza das aguas do rio que corre
Quem socorre da enchente é a maré
O sangue corre fervendo dentro da veia
E há quem creia no amor que não lhe quer.
Poeta Pica Pau