FORASTEIROS DA ESPERANÇA

 

O grito se recolhe em silêncio

cordial ante o brilho do sol

O aperto no peito esmaece 

à escuridão da noite sem luar 

 

A lamparina do pescador

resiste à brisa sussurrante do lago

E os viajantes sem destino

estão em barco suspenso 

como pluma a vagar...

 

Somos forasteiros viajantes

cultivando bosques outros e

esquecendo nossos jardins

 

Somos a chama da fogueira de Junho

O retoque das mãos que

se reencontram para dançar

 

Somos as lendas esquecidas

na beira do rio, 

à espera de uma lamparina

a clarear...

 

Somos a Esperança de

um mundo melhor

que começa dentro

de cada um de nós...

 

 

 

(GONDIM, Kélisson. Forasteiros da Esperança. GONDIM, Kélisson (Org.). 

In: Vozes Perdidas no Tempo. Brodowski: Palavra é arte, 2020, p. 148)

Kélisson Gondim
Enviado por Kélisson Gondim em 18/07/2022
Reeditado em 18/07/2022
Código do texto: T7562322
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