Interação ao texto do poeta Zedio Alvarez, São João na Campina


CUM EU NINGUÉM PODE  



Chamei um cabra da peste
Prumode dançá cum eu
Nesse mundo virtual
Mai ele nem respondeu

Passei a noite pensandu:
Que cabra mole da peste!
Acho qui tá mi inrolandu
Mai num vai ficá assim!

Vou procurá outro pá
Pra cumigu namorá
Num vou ficá nesse tédio
Ôce vai vê só, seu Zedio!

Assim dito, e foi feito
Pus meu vistido de chita
Trancei fitas no cabelo
Prumode ficá bonita

Arrumei um cabra lindo
O meu Romeu sertanejo
Passei a noite surrindo
Dançando no remelexo

Tamu pensanu casá
Na fuguêra de São Pedro
Seu Zedio pode vortá
Pru lugá donde tu veio.






 
Erivaslucena
Enviado por Erivaslucena em 24/06/2022
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