Um Rondoniense
Sou neto de Gaúcho,
E também de Nordestino.
Sou um filho do norte,
Que com braço forte escreve seu destino.
Já andei pelos pampas,
E também campos gerais.
Já conheci de perto as secas,
Se alimentando nos buritizais.
Já amei a bela galega,
E a linda indiazinha.
A morena da pele macia como seda,
E também a burguesinha.
Já montei o tordilho negro,
E também o jumentinho.
Mas, para trabalho eu me entrego,
É com cavalo baio que se constrói um caminho.
Meu sangue é nobre e quente,
E não se nega a tradição.
Arrocha no xaxado e também o baião,
Sem esquecer a marchinha e do meu vanerão.
Digo minhas origens para que não se pense,
Para que não veja com nenhuma metidez.
Sou filho do Paraná e do Maranhense,
Sou Portugal e a Itália, mas também sou Polonês.
E não pense que esqueci,
O que alimenta meu coração.
Que é um prato de arroz com pequi,
E também a polenta, salame e pinhão.
Viajo o mundo tentando ser vencedor,
Mas não se preocupo com o lugar.
Tenho apenas um Senhor,
E com Ele qualquer campana é lar.
Seja como Gaúcho abrindo fronteiras,
Ou 'caba da peste' fazendo seu destino.
A força do homem quando inteira,
É abençoada pelo poder do Divino.
A saudade as vezes faz doer o coração,
Seja no sudoeste Paranaense,
Até aos lençóis do Maranhão ...
Meu grito virá do norte, sou menino de sorte, sou Rondoniense.