UMA PRECE DE GRATIDÃO AO TRONCO FERIDO

 

Experienciei a resistência de uma época 

quando esmurrei um produto 

sobrevivente da terra, 

em Parque acreano. 

 

Não sangrei como aquela gente 

que sentiu não apenas nas mãos, 

mas no corpo todo 

a sobrevivência por um triz. 

Não sangrei: 

apenas encostei a minha testa 

no tronco ferido, 

fiz uma prece de gratidão, 

e me senti parte daquela história.

 

Kélisson Gondim
Enviado por Kélisson Gondim em 03/02/2022
Reeditado em 07/06/2022
Código do texto: T7443845
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