UM CAUSO PAI D'ÉGUA
Poeta Cypriano Maribondo – cmgtpoeta@yahoo.com.br
Em 30 de outubro de 2021 – ZAP. (84) 9.9679.6174
Apenas para efeito de informação:
Este Poema foi escrito usando algumas palavras
do linguajar do Nordeste. Os erros foram
propositais para que o leitor conheça um pouco
do modo simples de falar do povo Nordestino.
Eu como natural de Campina Grande – PB
e residente em Natal – RN, tenho orgulho
de ser parte deste povo que tanto amo.
Compadre olha que causo pai d’égua,
Para mim parece danado de confuso.
Até que me esforcei para entender
Meu juízo quase entra em parafuso.
Prozava com um velho amigo poeta.
E também, de geografia, e professô.
Assim como eu, matuto nordestino.
Uma istória bem maluca, me contô.
Fui chateado pra casa, só pensando.
Achei muito instranho o que ele falô,
Asdispois de pensá no que ele disse.
Eu lhe dei razão, nunca me enganô.
Pra ele, nosso Rio Grande do Norte.
No mapa do Brasil, num devia está.
O nome e região, tá tudinho errado.
Eu vou isplicá prá vosmicê acredita.
O nosso Estado num fica lá no Norte.
É aqui no Nordeste a sua localização.
Um dos menores estados do Brasil.
E tem a forma de um elefante anão.
O nome para o Rio Grande do Norte,
Devia ser Rio Pequeno do Nordeste.
E em vez de ter a forma do elefante.
Teria a forma do mocó cabra da peste.
Rio Grande aqui, sabemos não existe
O Rio Potengi é o nosso Rio Grande.
Junto cum os rios grandes do Brasil.
O Potengi, de vergonha, se esconde.
Adispois que forcei muito meu juízo.
Esse causo pai d’égua que ele contô.
Pra mim parece que istá tudo certo
Deixo que vosmicê decida seu dotô.
Más esse Poeta, sempre, vai amar
E admirar essa nossa terra potiguar.
Eu sei que daqui jamais eu vou sair.
Do Norte ou Nordeste, é meu lugar.
Viva este meu Rio Grande do Norte.
Viva pra todo nosso povo Potiguar.
Escolhi esta terra pru resto da vida.
Num importa o nome, aqui vou ficar.
Minha gratidão eterna ao Potiguar
Que de coração aberto me recebeu
Cheguei aqui com esposa e filhos.
Hoje tenho este estado como meu.
Hoje eu estou feliz e tenho orgulho.
De morar nesta boa terra potiguar.
Que de coração aberto nos recebe.
Eu vim da Paraíba, para aqui morar.