A LUTA DAS QUEBRADEIRAS DE COCO DO MARANHÃO
Não há luz atenuante e nem brilho de jasmim,
Naquelas pobres mulheres de labores sem fins,
Acordam cedo das redes, apagam as lamparinas,
Amolam os machados e vão pro mato com saquitéis.
Em busca de amêndoas de coco babaçu nas terras alheias,
Dos grandes latifundiários, pisando o solo das palmeiras,
Machado nas mãos, dedos decepados duma desventura,
Das máculas de uma geração sem terra, e sem educação.
Na labuta pela sobrevivência, dum mísero quilo de amêndoas,
Em troca de roçar a quinta ou pastos, às vezes levar uma surra,
Dos capangas, vaqueiros, gerentes e encarregados sempre afoitos,
Tomam – lhes os cofos de palhas como testemunhas os bem-te-vis.
Que nada podem fazer em defesa das mulheres quebradeiras,
São elas que passam o dia inteiro debaixo daquelas palmeiras,
Ouvindo os sabiás cantarem e os meus bem-te-vis revoarem.
Das terras dos fazendeiros que nem necessita do coco babaçu.
Ameaçam aquelas mulheres que buscam o próprio sustento,
Perseguições brutais acontecem nas terras dos meus cocais,
Pressões e violências físicas, de tudo podem se constatar e rever,
Naqueles matagais de cocais, crianças se sujeitam a quebrar,
As amêndoas do babaçu, se por acaso, ainda quiser viver,
Depois entregam a produção de um dia, por um quilo de farinha,
E muitas vezes, dez quilos de coco por apenas cinco reais,
Quem ganha são os atravessadores, que nada suaram pra quebrar.
Lá vem as metalúrgicas e por trás as siderúrgicas afugentar,
Compram o coco inteiro das fazendas somente pra queimar,
Estas empresas não querem investir no plantio remanejado,
As quebradeiras perdem tudo até suas rendas e ficam agonizadas.
São os conflitos de terras na busca das amêndoas do coco babaçu,
Aonde os olhos esmeraldinos do caboclo da roça vão se apagando.
Não há luz atenuante e nem brilho de jasmim,
Naquelas pobres mulheres de labores sem fins,
Acordam cedo das redes, apagam as lamparinas,
Amolam os machados e vão pro mato com saquitéis.
Em busca de amêndoas de coco babaçu nas terras alheias,
Dos grandes latifundiários, pisando o solo das palmeiras,
Machado nas mãos, dedos decepados duma desventura,
Das máculas de uma geração sem terra, e sem educação.
Na labuta pela sobrevivência, dum mísero quilo de amêndoas,
Em troca de roçar a quinta ou pastos, às vezes levar uma surra,
Dos capangas, vaqueiros, gerentes e encarregados sempre afoitos,
Tomam – lhes os cofos de palhas como testemunhas os bem-te-vis.
Que nada podem fazer em defesa das mulheres quebradeiras,
São elas que passam o dia inteiro debaixo daquelas palmeiras,
Ouvindo os sabiás cantarem e os meus bem-te-vis revoarem.
Das terras dos fazendeiros que nem necessita do coco babaçu.
Ameaçam aquelas mulheres que buscam o próprio sustento,
Perseguições brutais acontecem nas terras dos meus cocais,
Pressões e violências físicas, de tudo podem se constatar e rever,
Naqueles matagais de cocais, crianças se sujeitam a quebrar,
As amêndoas do babaçu, se por acaso, ainda quiser viver,
Depois entregam a produção de um dia, por um quilo de farinha,
E muitas vezes, dez quilos de coco por apenas cinco reais,
Quem ganha são os atravessadores, que nada suaram pra quebrar.
Lá vem as metalúrgicas e por trás as siderúrgicas afugentar,
Compram o coco inteiro das fazendas somente pra queimar,
Estas empresas não querem investir no plantio remanejado,
As quebradeiras perdem tudo até suas rendas e ficam agonizadas.
São os conflitos de terras na busca das amêndoas do coco babaçu,
Aonde os olhos esmeraldinos do caboclo da roça vão se apagando.