Não há nada novo sobre este céu esquecido

Agora não há nenhuma amostra de estrela.

Despercebida entre as verborreias deste século,

Enquanto o silêncio descoberto se ofusca neste céu,

Contendo o mistério da beleza em olhar o imenso no recôndito da alma.

Hoje à noite pode até ter luar.

Mas veremos as estrelas?

Terra, secura, mato, pé rachado, ausência de brilho, e o preto...

Voando poeira estelar na pele queimada do Sol, ardida da labuta, de luta, de viver.

Deveras ser o moderno com seus refletores que amanhecem a qualquer hora,

A qualquer custo em busca do ultrapassado amanhecer.

Ou deveras ser o curvar das estrelas que exalta o único? No Sol?

O único Sertão.

Bianca Liberato
Enviado por Bianca Liberato em 04/07/2021
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