Ao Herói Anônimo
Erguia-se uma estátua...
Que carregava folhas de ouro em seu ombro,
a estátua era de todos e poucos a admirava.
Encarnada em um corpo de Herói
Com pés descalços, corpo cansando, mãos calejadas
caminhando, sempre em frente.
Podia ser inverno, outono, primavera, verão
Esta estátua permanecia, e continuava a caminhar.
Sozinho na praça lembrava dos aplausos que antes obtinha dos olhares contemplativos que tinha, mas hoje é um ser esquecido.
um ser sem face, que vive em seu anonimato.
Ele não entende, pois tem tanta história para contar
Mas não pode falar e continua a caminhar.
Mesmo com suas vestes simples em seu ombro continua a carregar o peso do ouro sem poder utilizar.
Sente em seu corpo a deterioração do tempo e
O esquecimento, mas mesmo cansado continua a lutar.
Érica