12- UM ENCONTRO:DEDICADO A ANTONIO EM MARANGUAPE - CASOS E COUSAS SERTANEJAS - JOACA ROLIM
I
Não sou capaz de escrever
Uma viagem que fiz
Eu me senti bem feliz
Porque foi grande o prazer
A Eloi eu vou dizer
Que todo prazer foi meu
Abraçando Antônio Abreu
Lá dentro de Maranguape
Talvez ele não escape
Do abraço que recebeu
II
Abraçou-me na rodagem
Na bomba de gasolina
Com as palavras divinas
E sem haver pabulagem
Falou com toda coragem
Dizendo tu és poeta
Logo ali fiquei pateta
Sem saber agradecer
Vendo nele o poder
Daquela veia repleta
III
Pegado na mão falou
Com toda sinceridade
Conheci, pois, ser verdade
Porque muito me apertou
Pra sua casa chamou
Senti ser de coração
Fui lendo a sua mão
Estava escrito de lápis
Seu amigo em Maranguape
Lhe considera irmão
IV
Fui fazer a despedida
Ali mesmo na rodagem
Sem me achar com coragem
Daquela triste partida
Já a hora estava vencida
Fomos logo separando
E sobre o peito apertado
Nós dois sentindo as dores
Assim como dois amores
Quando se aparta chorando
V
Adeus, Antônio Abreu
Um dia aqui voltarei
Ai eu lhe contarei
Como amizade cresceu
O prazer foi todo meu
De nos termos encontrado
E o caminhão ter parado
Aqui perto da avenida
Aceite a despedida
Adeus e muito obrigado
VI
Como o seu menor criado
Daqui quero agradecer
Pra meu amigo saber
Que estou sempre lembrando
Nunca esqueci o passado
Do que me disse o amigo
O mesmo digo consigo
Falando como irmão
Somente meu coração
Fica sabendo o que digo