Florestinha

Florestinha

Um xavante de cores brasileiras

canto doce do nosso uirapuru

O japim e as nuvens fevereiras.

Multiespaço vazio no azul.

Bandeirante varadouro e mapoteca.

Que pick-ups na lama andavam mal

Densidade pluvial da imagética

Juçara, buriti, babaçual.

extrativismo clorofila inaugurada.

Longarina da província carajá.

Bateias na hidrobacia marchetada

Grano ouro desses rios do Pará.

Rumores de trilos metafônicos

Água barrenta de um rio a rolar

Em beleza os botos Amazônicos.

Maracá que o caboclo faz vibrar.

Um trovão estronda os céus, logo clareia!

Chuva na Bahia que não finda

Piracema de lua grande e cheia.

Macrovia musa negroameríndia

Francisco Cavalcante