UM TOSTÃO DA MINHA INFÂNCIA...

Seu moço, a rua da minha infância não era calçada,

Corríamos na areia branquinha de um lado ao outro,

Brincávamos de "bandeirinha" pela rua não asfaltada.

Momentos infanto-juvenis que mais valiam ouro.

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Seu moço, eu bem sei, preste atenção, vou lhe contar...

As amendoeiras cortavam as ruas do centro da cidade,

Juntamente com os pés de manga a nos sombrear...

Para comê-las, esperávamos a chuva da manga chegar.

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Olhe seu moço, no meu quintal havia uma goiabeira,

Todos os dias a aguava só para ver a goiabeira botar

E quando as goiabinhas cresciam - ia no pé - apanhar.

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Criança, tão inocente, comia manga com farinha,

Só não podia misturar a manga com o ovo,

Dava "congestão" - a mais pura "crendice popular".

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Seu moço, tinha juçara, o povo chama de açaí,

Fazíamos "cambica" e enchíamos a nossa "pança"

Tudo virava festa, de criança esperta, que brinca e dança.

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Faltou o "canapum" seu moço, mas não se preocupe...

Na roça vou encontrar, quem sabe naquele açude da vovó,

Ou, na rama da cerca antiga - da minha querida tia...

Seu moço, vou sair a procurar... coisa igual não há.

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