O RIO ITAPECURU...
Relembro, ó Pai, dos incontáveis banhos no Rio Itapecuru,
Gostava de correr pela areia da praia e jogar bola sem parar,
Tão gostoso entrar nas suas águas e me refrescar do calor,
Acampar na beira do rio, passar o dia, e à noite pescar.
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Tinha medo de cobras e da famosa sucurí que nele habitava.
Debaixo da catedral, igreja da matriz, de Coroatá-MA,
Quando a cobra se mexia, a igreja balançava e até caia.
Sucurí famosa, diziam que a mesma morava por lá;
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Não sei se acredito ou não acredito nessa crendice popular,
Não sei se por causa do movimento que a cobra fazia,
Ou, se era por ter sido construída de frente para o rio...
Só sei que duas igrejas [de frente ao rio] no chão foram parar.
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Ainda presenciei muitos jovens pulando da ponte,
Se jogando na água do rio, no período do inverno;
Brincadeiras de adolescentes, muito além do horizonte,
Parecia que o tempo não passava, que ele era eterno.
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Esse rio brasileiro acumulou muitas estórias de pescador...
Tem aquela dos grandes panelões de pedras e dos redemoinhos,
Não se podia passar por perto seja de embarcação ou nadando,
Que a correnteza levava para o fundo e acabava morrendo.
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Grande rio que banha as cidades de Itapecuru Mirim, Coroatá,
Timbiras, Codó, Caxias, Rosário, São Luís, Paço do Lumiar...
Nasce na Serra da Croeira a uma altitude de 530 metros.
Totalmente maranhense, tão bom, dá até para nadar.