CHÃO SAGRADO

Francisco Alber Liberato

Tira de tempo

É o que preciso

Para escrever preciso

Sem tirar de tempo

Este coração alado

Que se detém absordo

Neste chão sagrado.

Nunca andei

Por estas bandas,

Como posso ter saudade

Deste lugar?

Sensação esquisita,

Só há uma explicação:

Chão sagrado é este chão.

Nunca pisei neste solo

É possível sentir nostalgia,

Trazer no peito ardente

Sentimento aprazível,

De lugar que não se conhece?

Chão sagrado

É o que parece.

Quando ouço falar em

Oiticica, Ibiapaba, Barra d'água

Estrela do Norte, Queimadas

Tucuns e adjacências,

Sinto confortável

Emoção singular, difícil explicar

Uma felicidade estranha

Chão sagrado, alegria tamanha.

Parece que conheço

O pé de Serra

E a fronteira sagrada

Esquecido litígio

Entre Ceará e Piauí

Mas infelizmente

Nunca estive alí.

Tenho agradável sensação

Que corri naqueles campos

Pinotei daquelas barrancas

Livre, senti o vento leve

Assoviando nos meus ouvidos

Estranhamente, acho que tive feliz

Infância neste chão sagrado.

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Alber Liberato Escritor
Enviado por Alber Liberato Escritor em 30/08/2020
Código do texto: T7049826
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