CHÃO SAGRADO
Francisco Alber Liberato
Tira de tempo
É o que preciso
Para escrever preciso
Sem tirar de tempo
Este coração alado
Que se detém absordo
Neste chão sagrado.
Nunca andei
Por estas bandas,
Como posso ter saudade
Deste lugar?
Sensação esquisita,
Só há uma explicação:
Chão sagrado é este chão.
Nunca pisei neste solo
É possível sentir nostalgia,
Trazer no peito ardente
Sentimento aprazível,
De lugar que não se conhece?
Chão sagrado
É o que parece.
Quando ouço falar em
Oiticica, Ibiapaba, Barra d'água
Estrela do Norte, Queimadas
Tucuns e adjacências,
Sinto confortável
Emoção singular, difícil explicar
Uma felicidade estranha
Chão sagrado, alegria tamanha.
Parece que conheço
O pé de Serra
E a fronteira sagrada
Esquecido litígio
Entre Ceará e Piauí
Mas infelizmente
Nunca estive alí.
Tenho agradável sensação
Que corri naqueles campos
Pinotei daquelas barrancas
Livre, senti o vento leve
Assoviando nos meus ouvidos
Estranhamente, acho que tive feliz
Infância neste chão sagrado.
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