Sertanejo
Cultivado fica um fértil espaço
Pro futuro garantir a plantar
E que neste, tenho-o num abraço
É honrosa a sina dele, suar.
Tomando daqui parece tão fácil
Já vi e sei que não é não
Que digno trabalho é esse
Se à maioria não dá interesse?
Sim, um pouco lhes vou mostrar:
Debaixo, nos dias de chuva ou de sol a pino,
Do tempo alguém do sertão a cantar
Com seu jeito simples – ágil felino!
A água, o sol, a terra – a obra
Do camponês são alimentos de usança:
Enfrenta insetos e principalmente cobra
Ainda no campo ganha a liderança.
Pode ser homem caboclo
Ou pode ser cabocla femme
Pode ser de nome Ernoclo
Ou senhora dona Hilveme.
Robusto, sereno, roçando
Incansável alguém do sertão
Abrindo num cuspe a boca cantando
Murmura sem par coisas do chão.
Suas mãos pesadas mas sutis
Cheias de calos, deixam cair
As cereais sementes gentis
Regadas com o sol a sair.
Abraça suas sementes o solo
Com tão acolhido fulgor
Que maravilha da terra é o colo
Que guarda e sustenta amor.
Que bela safra de milho-ouro
E o plantio de espécies variadas!
Que mãos são as desse alguém-touro
Que a elas a natureza dá risadas!
Com olhos luzindo ao resulto
De tão cuidados botões,
Vendo vai seu trabalho mais culto:
O nascer de um ou mais sertões.
É tempo de colher os frutos
Que deram um ano inteiro trabalho
A um grande alguém, brutos
Que saem da terra como doce orvalho.
O que outrora trabalho deu
Desfrutando o que da terra nasceu
Dá novamente ao braço forte do campo:
O alguém-herói que a vocês estampo.
E cultivando o espaço, encanto da terra,
Coisa que não parece ter fim,
Passam os anos, não vence a guerra
O sertanejo segue assim.
Ó alguém do sertão que imagino
Não há metro nestes versos
No entanto rimam emersos
Brincando tal fagueiro menino.
Cultivado fica um fértil espaço
Pro futuro garantir a plantar
E que neste, tenho-o num abraço
É honrosa a sina dele, suar.
Tomando daqui parece tão fácil
Já vi e sei que não é não
Que digno trabalho é esse
Se à maioria não dá interesse?
Sim, um pouco lhes vou mostrar:
Debaixo, nos dias de chuva ou de sol a pino,
Do tempo alguém do sertão a cantar
Com seu jeito simples – ágil felino!
A água, o sol, a terra – a obra
Do camponês são alimentos de usança:
Enfrenta insetos e principalmente cobra
Ainda no campo ganha a liderança.
Pode ser homem caboclo
Ou pode ser cabocla femme
Pode ser de nome Ernoclo
Ou senhora dona Hilveme.
Robusto, sereno, roçando
Incansável alguém do sertão
Abrindo num cuspe a boca cantando
Murmura sem par coisas do chão.
Suas mãos pesadas mas sutis
Cheias de calos, deixam cair
As cereais sementes gentis
Regadas com o sol a sair.
Abraça suas sementes o solo
Com tão acolhido fulgor
Que maravilha da terra é o colo
Que guarda e sustenta amor.
Que bela safra de milho-ouro
E o plantio de espécies variadas!
Que mãos são as desse alguém-touro
Que a elas a natureza dá risadas!
Com olhos luzindo ao resulto
De tão cuidados botões,
Vendo vai seu trabalho mais culto:
O nascer de um ou mais sertões.
É tempo de colher os frutos
Que deram um ano inteiro trabalho
A um grande alguém, brutos
Que saem da terra como doce orvalho.
O que outrora trabalho deu
Desfrutando o que da terra nasceu
Dá novamente ao braço forte do campo:
O alguém-herói que a vocês estampo.
E cultivando o espaço, encanto da terra,
Coisa que não parece ter fim,
Passam os anos, não vence a guerra
O sertanejo segue assim.
Ó alguém do sertão que imagino
Não há metro nestes versos
No entanto rimam emersos
Brincando tal fagueiro menino.