SERTÃO
A saudade do velho sertão ensolarado,
Ressequido pela estiagem,
Deixa uma ligeira melancolia.
Quantas noites escuras sem o curso da luz.
O candeeiro na pequena sala,
A lua derramando seus raios
Sobre o verde das matas.
As águas correm apressadas no riacho,
Os pássaros embalam o raiar do novo dia.
O fogo a lenha liberando sua chaminé,
Indica vida no alto da colina.
É lá que a vida não fica tímida,
Que a menina conhece a rima,
Que o riso é frouxo,
E a solidão não tem morada.
Anthonya Farias