EM LISBOA
Vi na Praça da Figueira,
Muita podridão afinal,
Uma vida de feiticeira,
Pra os que lá vão
Na minha capital
Na rua do Intendente,
Existe tanta prostituição,
Mas vi lá tanta gente,
A vender o sexo plo metal.
Eis esta boa razão...
Uma vida mesmo inteira.
Nos dá uma boa lição,
Mesmo nesta boa maneira.
Lisboa do meu coração,
Chora a misériia então,
Uma criãnça a pedir,
Em cada esquina da rua,
A mim me faz sentr,
Co'a vida que é mesmo tua.
Gente sem casa, ao sol,
á chuva, ao vento no relento,
E este País cada vez mais mole,
Mais triste no contentamento.
Lisboa que choras a tristeza,
Duma vida á noite por um fio,
Tu nos pões a alma tão preza,
Mas em Lisboa nos faz arrepio.
Na avenida da Liberdade,
Encontro desgraça imensa,
Contudo na vida há~de,
Se encontrar boa recompensa.
No Cais Sodré é muito,
Poluído.
LUÍS COSTA
20/10/1999