Mares de Minas
Verdes mares de calmas
Vagas... Ondulantes.
Ao longe... Bem ao longe
O sertão ao céu responde.
Brancas nuvens entre
Vales e serras verdejantes.
Fecha a tarde tristonha
Entre raios que o sol esconde.
A lua já desperta do sono profundo,
E projeta sobre a mata reflexos dos
Seus raios prateados.
A seriema quebra o silêncio com
Seu canto agudo.
Mágica sinfonia de grilos e sapos
Conta as lendas do cerrado.
O sertanejo com os olhos
Cheios d’água, viola canta
Esta noite em serenata.
O uivo do guará responde
Ao longe... Lá bem longe,
Onde na luz da lua,
A serra da mata esconde.
Surfando sobre as copas de
Arvores, em mata cerrada,
Bandos alados buscam
No silencio do entardecer
Um leito de sono seguro.
Mares de Minas, verdes
Vagas, calmas, sussurrantes
Aos ventos que cantam
Nos céus azuis... Oh Liberdade.