O HOMEM NORDESTINO

É um homem pobre

Por viver com sacrifício

Mas constrói a sua vida

Apesar de ser difícil

Suas mãos são calejadas

Do cabo de uma enxada

Que se torna seu benefício.

Com os braços nus

Pés descalços sobre o chão

Vai seguindo a sua estrada

Em rumo da plantação

Ainda de madrugada

Vai seguindo a sua estrada

Na luta por o seu pão.

Seu assento é um banco

Sua arma é um facão

São três trempes de pedra

Que constrói o seu fogão

Convive na tal poeira

Seu fogo vem da madeira

Em vez do gás de bujão.

É um rádio de pilha

Que lhe transmite a comunicação

Ao entardecer agradece a Deus

Com uma simples oração

Seu transporte é um jumento

Um dos troços mais lentos

Encontrados pelo sertão.

A seca sua tristeza

A chuva sua alegria

Seu lápis é uma enxada

A roça sua fantasia

Desde o alvorecer do sol

Sua rotina é uma só

Até o final do dia.

Mas apesar de ser tão pobre

Vive com dignidade

Carrega no seu rosto

Marcas de felicidade

Por trazer no coração

Sua velha tradição

Que é a sua identidade.

É um cachorro vira-lata

O seu cão de confiança

Vem da divina mão de Deus

Toda a sua segurança

Apesar de já cansado

Sua Maria tá de lado

Com um bocado de criança.

Também existe fauna e flora

Dentro desse sertão

Que é o motivo da alegria

De toda população

Que apesar de sua pobreza

Seu povo tem uma riqueza

Por nome de EDUCAÇÃO.

Sivaldo Oliveira
Enviado por Sivaldo Oliveira em 25/10/2019
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