Quilombo do Ambé

Indo por fora na BR 156.

Ou por dentro, na AP 210.

A 80Km de Macapá.

Está a comunidade do Ambé.

Ambé era um cipó.

Que existia em grande quantidade.

Desse vegetal resultou,

O nome da comunidade.

População agro - pecuarista.

Campo verdejante, bela pastagem.

Famílias do Rio Pedreira

Formaram essa irmandade.

Manoelzinho do Ambé.

Um grande desbravador.

Que achando terra fértil,

Pra lá sua família levou.

Picanços, Pereiras e Souzas,

Ali miscigenaram.

Com Ramos, Silvas, Machados, Prazeres,

A vila, povoaram.

Tem igreja com mirante

São Roque é o padroeiro.

E os moradores festeiros.

Agosto é mês de devoção,

Coração de gratidão.

Foco nas ladainhas e procissões.

É festividade! É comemoração!

E a cultura se instala

Com baile e marabaixo.

Jogos, bingo e leilão,

Corrida e muita diversão.

Afirmação identitária,

Resgate da própria história.

Faz do lugarejo Ambé,

Uma Comunidade Quilombola.

No dia-a-dia presença marcante,

De diferentes formas de produção,

Com consciência de empreendedores.

No retirar e repor com precaução.

Cantinho nobre do Amapá,

Um reduto na sociedade.

Que estás sempre a lutar,

Por conquistas e identidade.

O canto da liberdade

É entoado com fé.

Viva a cultura dos afros!

Da Comunidade do Ambé.

Negra Aurea: 19/10/19 as 11h