Chuva no Sertão

Antonio R. Filho

Alber Liberato

Onde era chão ressequido

Tem agora água corrente

E o sertão agradecido

Não se contém de contente

O lavrador, com sua enxada

Sua cabaça, seu machado

Bem antes da alvorada

Vai alegre pro roçado

Retirando seu chapéu

Obedece ao coração

Gesticula para o céu

Sussurrando uma oração

Onde era chão ressequido

Tem agora água corrente

E o sertão agradecido

Não se contém de contente

Acredita que sua prece

Fez chover naquele dia

Tão contente agradece

Numa incontida alegria

Pois a chuva no sertão

Será sempre comovente

Como a chegada do irmão

Que há muito esteve ausente

Onde era chão ressequido

Tem agora água corrente

E o sertão agradecido

Não se contém de contente.

Alber Liberato Escritor e Antonio Rodrigues Filho
Enviado por Alber Liberato Escritor em 12/10/2019
Código do texto: T6768058
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