Pinga, Pinga
Pinga, pinga, chove chuva que respinga,
pinga, pinga, e molhe a caatinga,
do meu sertão, tão árido,
de terras, que já viraram areia,
do buraco que não sai água,
da garganta seca,
da boca que não tem o que comer,
dos filhos que já morreram antes de nascer.
Pinga, pinga, ó nuvem que passa no céu enche de vida essa caatinga ò meu pai do céu.
Pois seu povo está cansado de ser o único adubo para essa terra que já virou areia.