Campeiro

Pelos campos e campinas

Galopeio pelo pó deste chão

Sou boiadeiro que assuncita

Pelo galope deste brasilzão

Quando é dia na campina

E o orvalho ainda não se secou

Monto em companhia de

Meu cavalo alazão

Quando o sol arde no meio dia

É hora de parar a caminhada

Fazer fogueira, para comer

Comida campeira, carne seca

E farinha com pão

Quando é tarde o sol vai sumindo

Minha caminhada vai diminuindo

A canseira vai surgindo e mais

Uma noite coberto pelas estrelas

E aquecido pelo fogo no chão

Este boiadeiro reza para que

Nossa senhora o acompanhe a seu destino

enquanto meus companheiros

Com a viola empunhada em mãos,

me fazem lembrar da saudade,

da dor e da paixão

Paixão aquela que floresceu na serra

Com a doce donzela Joaquina Deutélia

A formosura de seu rosto moreno,

O brando encantamento em seus cabelos negros,

A paixão em sua boca espessa de ternura

E inspiração

Óh! Violeiro, vê se você chora a saudade

Que me devora, e vejo doutra hora

No meu sonho de pião

Leandro Pereira Machado
Enviado por Leandro Pereira Machado em 31/01/2019
Código do texto: T6563926
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