Campeiro
Pelos campos e campinas
Galopeio pelo pó deste chão
Sou boiadeiro que assuncita
Pelo galope deste brasilzão
Quando é dia na campina
E o orvalho ainda não se secou
Monto em companhia de
Meu cavalo alazão
Quando o sol arde no meio dia
É hora de parar a caminhada
Fazer fogueira, para comer
Comida campeira, carne seca
E farinha com pão
Quando é tarde o sol vai sumindo
Minha caminhada vai diminuindo
A canseira vai surgindo e mais
Uma noite coberto pelas estrelas
E aquecido pelo fogo no chão
Este boiadeiro reza para que
Nossa senhora o acompanhe a seu destino
enquanto meus companheiros
Com a viola empunhada em mãos,
me fazem lembrar da saudade,
da dor e da paixão
Paixão aquela que floresceu na serra
Com a doce donzela Joaquina Deutélia
A formosura de seu rosto moreno,
O brando encantamento em seus cabelos negros,
A paixão em sua boca espessa de ternura
E inspiração
Óh! Violeiro, vê se você chora a saudade
Que me devora, e vejo doutra hora
No meu sonho de pião