Chuva no sertão
Na terra dourada
A dança do redemoinho
Faz subir a poeira
Que de casa em casa
Invade a cidade inteira
O céu estrelado do sertão encantado
Revela a beleza ao anoitecer
Beleza vermelha da terra
Beleza no pasto que tem sede de chuva
Beleza que lá no Sul não dá pra se ver
De longe vejo o gado e o vaqueiro
O sol queimando ligeiro
E o trabalhador sujo de barro
Contente olhando o céu nublado
Vê que logo a chuva irá molhar o pasto
O sertanejo para na porta
Solta um suspiro e volta a labutar
A água que molha a garganta do Sertão
É a mesma que o homem usa para se banhar
O solo rachado do sol impiedoso
Logo vira lama
Com a água mandada pelo Deus bondoso
O pasto verde alimenta os bichos
E logo se vê o paraíso
É o Sertão a festejar de novo