Chuva no sertão

Na terra dourada

A dança do redemoinho

Faz subir a poeira

Que de casa em casa

Invade a cidade inteira

O céu estrelado do sertão encantado

Revela a beleza ao anoitecer

Beleza vermelha da terra

Beleza no pasto que tem sede de chuva

Beleza que lá no Sul não dá pra se ver

De longe vejo o gado e o vaqueiro

O sol queimando ligeiro

E o trabalhador sujo de barro

Contente olhando o céu nublado

Vê que logo a chuva irá molhar o pasto

O sertanejo para na porta

Solta um suspiro e volta a labutar

A água que molha a garganta do Sertão

É a mesma que o homem usa para se banhar

O solo rachado do sol impiedoso

Logo vira lama

Com a água mandada pelo Deus bondoso

O pasto verde alimenta os bichos

E logo se vê o paraíso

É o Sertão a festejar de novo

Carolina Duvir
Enviado por Carolina Duvir em 20/01/2019
Código do texto: T6555540
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