Conservatória
Conservatória, cidade fascinante
Avistei a ti do altar do mirante
E desci a Serra da Beleza
Com a certeza de em ti pousar
Quanta gente carinhosa
Com linguajar cheio de prosas
Inatos artesãos sonoros
De sorrisos amorosos
Não há pedinte na cidade
Existem somente ouvintes da felicidade
O ar é puro como o néctar das flores belas
Misturado a outros sabores
Que alimenta as noites das serestas
Uma festa de canções modestas
Tocada por poetas, eu líricos do amor
Donos das mais lindas serenatas,
Cartas do apaixonado sofredor
Nunca sairão da minha memória
Os cachorros cansados da boemia
A nos seguir todos os dias
Hóspedes de Conservatória
E aquele artista de nome Moacyr
Que declamou para nós dois
Versos dignos de se aplaudir
Para que voltemos depois
Que nos tornemos filhos da terra
Adotados pela simplicidade
Dos homens da feliz idade
E pelo ar puro da serra
Até breve! Bem aventurança
Quando amiúde me convidares
Não esqueças de nos levar
Para o lugar dos cantares
Ora pois! Tu és Conservatória
Dona da Casa Sonora
Onde Juliana canta Pichinguinha
Lupicínio, Chiquinha e Cartola