Conservatória

Conservatória, cidade fascinante

Avistei a ti do altar do mirante

E desci a Serra da Beleza

Com a certeza de em ti pousar

Quanta gente carinhosa

Com linguajar cheio de prosas

Inatos artesãos sonoros

De sorrisos amorosos

Não há pedinte na cidade

Existem somente ouvintes da felicidade

O ar é puro como o néctar das flores belas

Misturado a outros sabores

Que alimenta as noites das serestas

Uma festa de canções modestas

Tocada por poetas, eu líricos do amor

Donos das mais lindas serenatas,

Cartas do apaixonado sofredor

Nunca sairão da minha memória

Os cachorros cansados da boemia

A nos seguir todos os dias

Hóspedes de Conservatória

E aquele artista de nome Moacyr

Que declamou para nós dois

Versos dignos de se aplaudir

Para que voltemos depois

Que nos tornemos filhos da terra

Adotados pela simplicidade

Dos homens da feliz idade

E pelo ar puro da serra

Até breve! Bem aventurança

Quando amiúde me convidares

Não esqueças de nos levar

Para o lugar dos cantares

Ora pois! Tu és Conservatória

Dona da Casa Sonora

Onde Juliana canta Pichinguinha

Lupicínio, Chiquinha e Cartola

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 27/04/2018
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