Copacabana, quem te viu quem te vê
Gosto é das pessoas simples,
por mais complexas que elas sejam.
Encanta-me nelas a inediticidade em seu agir,
o brilho sincero no olhar e a deferência para com o outro..
Gosto de gente de outra época,
gente que viveu de verdade, calejada pela vida,
marcada pelo trabalho duro nas roças do campo.
Gente que desbravou os bairros urbanos ainda in-natura.
Eu me identifico é com o meu povo, esse povo guerreiro
que fez do limão azedo uma limonada saborosa
desbravando as matas, abriu estradas, ergueu pontes
e alicerçou casas. Hoje tem água, luz, asfalto...
E quem se lembra dessa gente? Desses homens e mulheres resolutos.
Que do barro e da argila da paupérrima vila, ergueram um império,
comunidade que cresceu na unidade coletiva da colaboração.
E hoje, impermeável e hesitante, se perde na individualidade e na introspecção.
Meu Deus!
Nossa Senhora...
Acabaram com tudo.
Nem a fé de antes restou.