MUSEU DO TROPEIRO

Amantes das cavalgadas,

Saímos do Triangulo Mineiro,

Para uma longa jornada,

Rumo ao Museu do Tropeiro.

Ele fica na Serra do Espinhaço,

Na pequena e bela Ipoema,

Cidade de majestosas cascatas,

E berço de lindas pequenas.

Fizemos a primeira parada,

Nas barrancas do S. Francisco,

Onde às sendas da estrada,

Em um monumento pueril,

Encontramos uma mensagem,

Que alguém um dia escreveu:

“Por todos que aqui passarem,

Nesta cidade iluminada,

Fazemos votos que sintam

Raios de Luz nas estradas.

E com cautela sigam em paz,

Caminhando até seus destinos,

Levando caminho afora,

A alegria de ter conhecido,

A bela e hospitaleira, LUZ,”

uma cidade divina Luz.

Logo na segunda marcha,

Ainda sem sentir cansaço,

Andamos quarenta quilômetros,

Avistamos Bom Despacho.

Tivemos um pouco de sorte,

Não fizemos nenhuma parada,

Até chegarmos a Belo Horizonte,

Local da última pousada.

Lá bem no alto da montanha,

Aguardamos a lua apontar,

E a felicidade foi tamanha,

Pois no mirante da cidade,

Ela apareceu brilhante,

Parecendo nos abraçar.

Soberana, dama da noite,

Mensageira das serenatas,

Foi como se um sol de prata,

Viesse nos visitar.

Ficamos extasiados,

Quando enxergamos ao léu,

Uma luz bem pequena,

Parecendo estrela do céu,

Que brilhava no horizonte,

Pairando sobre o último monte,

Um castelo, morada de Deus.

A nossa última marcha,

Não poderia ser diferente,

Levantamos bem cedinho,

Juntos com o sol nascente.

Arreamos nossa tropa,

E radiante partimos,

Rumo ao museu do tropeiro,

Ponto final do destino.

Quando lá chegamos,

Tivemos grande surpresa,

Fomos recebidos com pompas,

Como amigos de alta nobreza.

E assim ficamos três dias,

Apreciando com muita alegria,

A região e as suas belezas.

Conhecemos muitas histórias

Do Brasil e suas memórias,

Especialmente das montarias.

De volta ao nosso pedaço,

Restou-nos um vazio no peito,

Das lembranças do Espinhaço,

Daquele povo e seu jeito.

Parece que nossos corações,

Partiram-se em duas metades,

Uma, trouxemos de volta,

A outra ficou no museu,

Guardada com todo carinho,

Nas bruacas da saudade.

AGOOLIVEIRA
Enviado por AGOOLIVEIRA em 02/12/2017
Reeditado em 06/08/2018
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