UM RIO EM LÁGRIMAS
Transcorre uma dor
Aguda e muito forte
Uma dor de morte
Em nosso querido rio
Feriram-lhe sem dó
E nem piedade também
A mando de alguém
Que não sabe o que é amor
Sugaram-lhe no sangue
Que é o nosso sustento
Puseram-lhe sem alento
Pronto para virar pó
Tal ato em conluio fino
Visando o metal vil
É típico desse Brasil
Dado e vendido, um mangue
Agora que, embora tarde,
Os ribeirinhos se agitam
Em favor daqueles que gritam
Tudo é " terror e desatino" !!!
Mas nosso povo tem ordem e fé
Trabalha suando e sem terno
Deixa a essa corja o inferno
Onde cada um deles já arde.
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Correntina-BA, num 06-11-17; brigando pelos nossos rios.