MORINGUEIRO...
Pelas ruas da cidade,
vai o velho moringueiro,
triste, cansado, arengueiro:
Olha o vaso, olha o vaso!
Traz as marcas no semblante
da vida dura, estafante
a minar-lhe o corpo raso...
O corpo já se vergando,
qual sépala se partindo,
segue em frente se esvaindo,
caminhando para o ocaso;
E carrega n!alma santa,
que verseja a dor que canta:
Olha o vaso, olha o vaso!
Segue, porém, altaneiro,
num folclore permanente,
que a sua vida carente,
há de marcar a jornada;
Vai levando a esperança,
que guarda n!alma que avança,
de findar a empreitada...